quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Um mundo de Felisteus II

A felicidade em si é uma das maiores buscas humanas,por muitos é colocada como o objetivo da vida.Uma das definições que temos é a Freudiana,que diz que a felicidade é a satisfação dos impulsos,mas sabemos que satisfazer um impulso,sem analisar as possíveis conseqüências,leva a decepção,tristeza,e sentimentos não agradáveis,e a tarefa de evitar tais sentimentos acaba colocando em segundo plano a felicidade.
Mas contra tal temido mundo externo não é possível defender-se se não por alguma espécie de afastamento,todos estamos sujeitos a passar por momentos bons e ruins,afinal todo sentimento é apenas uma sensação que se contrapõe a outra,se não existisse a felicidade,não saberíamos definir tristeza,ou vice versa.
Aqueles que tentam mortificar os impulsos,acabam de certa forma acabando com a vida,obtendo apenas a felicidade da quietude,de extrema importância,mas que nem sempre possibilita a obtenção da felicidade total.O sentimento da felicidade de um impulso não controlado pelo eu,é muito mais intenso do que no resultante de um impulso domesticado,tal fato explica a atração pelo o que é proibido.
Na tentativa de obter garantias para a felicidade e proteção contra o sofrimento,surgem as doutrinas religiosas,mediante a uma transformação delirante da realidade,assim como um paranóico cria suas verdades e seus acontecimentos,que em geral são irreais,o crente utiliza uma paranóia já criada pra se sentir melhor consigo mesmo.
A religião tem uma importância enorme na história da sociedade,e vemos que em momentos difíceis,crescem o numero de fiéis,a religião estaria ligada ao medo,ao desespero e a dor e seria como uma droga,capas de anestesiar tais sentimentos com ilusões de uma vida melhor,após a morte.
Nietzsche,no livro O Anti cristo critica as religiões monoteístas,principalmente,por irem contra o instinto da vida,por pregarem uma vida de sofrimento na terra,para ter a suposta realização no ''paraíso'',tal ilusão coletiva chega a ter tanta influência na civilização que consegue determinar a moral coletiva com seus princípios,que visam somente o controle dos instintos humanos,tornando-o '' domesticável'' para ser parte da massa popular,sem opinião,ou seja,verdadeiros cordeirinhos,aguardando apenas pelo abate.